E lá estava eu, sentado a sombra de uma árvore, usava um shorts e óculos de sol. As férias no Caribe estavam sendo perfeitas, convidei todos os integrantes do Host para passar alguns dia na casa de praia da minha família.
– Vamos Haruhi, pode sair. Queremos ver como ficou o biquíni que nossa mãe fez.
Ah, aqueles gêmeos estavam infernizando minha querida filha, mas algo dentro de mim queria ver a adorável Haruhi em delicados trajes de banho.
Vi os demais hosts se aproximarem do local em que estava Kaoru e Hikaru; o mais velho dos anfitriões estava sorrindo enquanto olhava para a porta e em poucos segundos pude ouvir todos falando o quanto a garota estava bonita.
Ela tinha uma excessiva vermelhidão em sua face, ri ao vê-la corada. Haruhi era uma ótima pessoa, eu agradecia internamente por minha querida avó tê-la deixado em paz depois de descobrir que eu estava apaixonado por ela.
Lembrei-me do quanto ela havia ficado feliz com a notícia que ele lhe dera, o pai dela havia lhe entregado os documentos necessários para que ele pudesse tirar um passaporte para que ela pudesse viajar por aqui e foi assim que ela veio parar aqui no caribe com a gente.
Kyoia Otori, meu amigo mais antigo pôs-se ao meu lado e tirou-me de meus devaneios.
– Você não vai fazer algo sobre aqueles dois?
– O que disse Otori? - eu estava um pouco confuso e deslocado
– Kaoru e Hikaru estão fazendo sua "filha" usar biquíni. - ele falou a palavra filha usando aspas.
Olhei para o local em que os outros se encontravam, Honey abraçava feliz a Fujioka e os gêmeos a observavam com um sorriso idiota no rosto. Eu sabia que Hikaru gostava da garota e eu temia perdê-la.
– Haruhi, você ficou linda neste traje de banho. Venha aqui e de um abraço no seu pai. - eu disse enquanto corria em sua direção.
Ela me observou com aqueles olhos grandes e melosos, ainda estava corada, então colocou a mão na frente do corpo com o intuito de me impedir de olhá-la.
– Tamaki-senpai... - ela atreveu-se a falar, mas parecia que as palavras se esvaíram.
Aproximei-me dela e abracei-a de uma forma paternal, eu realmente me preocupava com aquela garota.
– Esse biquíni ficou perfeito em você.- falei
Um pequeno host ficou de frente para os demais.
– Pessoal, o que vocês acham de irmos nadar um pouco?
Honey de fato era um adolescente adorável, mas que se mantinha como uma criança.
Todos nos concordamos, todos estavam felizes e eu vi poucas vezes Morri dar uma risada. Eu estava satisfeito por todos estarem se divertindo.
17:45 - Casa de Praia da família Suoh
A mesa de jantar estava posta e a comida estava no fogão, um ensopado de frutos do mar que a própria Haruhi fez.
Eu usava somente uma calça, meus cabelos louros estavam úmidos e bagunçados, todos já haviam se arrumado para o jantar.
Sentei-me na varanda e puder sentir o doce aroma de terra molhada, em breve iria chover. Olhei a minha querida filha trazer a panela com o ensopado, dirigi-me para a mesa e e sentei ao lado dela e de seu outro lado estava Hikaru.
Ele pegou uma colher e a encheu com o líquido, bebeu-o e deu um daqueles sorrisos idiota típico dele. Abraçou a amiga e disse em seu ouvido o quão delicioso estava a janta. Senti meu corpo encher-se de ciúmes, eu amava aquela garota, todos sabiam disso, mas pareciam ficar próximo dela como meio de irritá-lo.
19:30 - Casa de Praia da família Suoh
Eu estava deitado na minha cama, levei longos minutos até perceber que havia começado a chover, neste momento ele me veio a mente, lembrei que ela temia trovões.
No último ano estive ao lado dela em um momento similar, na praia particular da família de Kyoia.
Um brilho dourado e resplandecente cortou a escuridão do céu, eu sabia o que vinha a seguir. Sai do meu aposento e fui a sua procura.
Ela não estava no quarto, meu coração começou a bater mais rápido no momento em que escutei um trovão. Eu precisava encontrá-la logo, imaginei-a desabando em lágrimas, mas não consegua suportar aquele barulho alto.
Eu não queria simplesmente encontrá-la, eu precisava, tinha que protegê-la.
Encontrei-a na cozinha, preparava o que parecia ser uma sobremesa, foi quando o ciúmes subiu a minha cabeça, ele estava na mesa esperando o que parecia ser o doce feito por Haruhi.
Foi então que ela me viu, deu um sorriso maravilhoso, meu coração bateu mais forte. Porém o meu ciúmes era maior, sai dali o mais rápido que pude, decidi que ficaria no jardim para espairecer as ideias.
As gotas d'água caiam em cima de mim, minha calça preta estava molhada por causa da chuva e meu cabelo estava praticamente encharcado.
Fechei meus olhos por apenas um instante, o suficiente para que eu pudesse refletir sobre tudo, principalmente do fate de que eu tinha que pensar sobre o ciúmes que eu sentia por Haruhi.
Senti mãos pequenas, quentes e macias serem colocadas sobre meus olhos fechados.
– O que foi filha? Aconteceu algo?
– Eu que lhe pergunto, o que aconteceu com você senpai?
– Como assim? - indagou, será que isso estava ão evidente assim
– Senpai tem agido de forma estranha, parece que sempre esta fugindo de mim.
Eu a olhei, a pequena Haruhi parecia triste e eu não sabia o motivo, de repente começou a trovejar, Haruhi me abraçou e eu afaguei-lhe o cabelo, aproximei-me de seu ouvido e disse:
– Eu não gosto quando você fica perto do Hikaru.
– Por que isso Tamaki?
Eu sorri, então respondi-a.
– Por que eu te amo filha, faz algum tempo que sinto algo por ti, mas não tive coragem de dizer-lhe.
– E o que fez com que você muda-se de ideia? - indagou-a curiosa e com um leve rubor em suas maçãs do rosto.
– Eu tive medo de perdê-la, você e Hikaru estavam muito próximos. - falei com uma cara emburrada e jeito de criança.
Então aconteceu a coisas mais inesperada da minha vida, senti a respiração dela próxima a minha, então ela encostou seus lábio aos meus, ela estava me beijando. Um beijo terno e adocicado.
– Eu te amo senpai, nunca pensei que se declararia, então pedi a ajuda do pessoal e mexi uns pauzinhos. - disse ela olhando para a janela da mansão.
Pude ver que todos o demais anfitriões estavam nos observando pela janela e eles nos aplaudiram, eu estava estáticos, Haruhi, minha Haruhi havia feito um plano para eu me declarar a ela.
– Por que fez tudo isso?
– Por que, ton-san¹ é uma idiota para perceber o que eu sinto. - ela o beijou mais uma vez
Certamente esta viajem de férias havia sido sua predileta, pelo fato de que naquela ocasião, eu e Haruhi havíamos nos tornado um casal.
